domingo, 24 de maio de 2015

Polícia investiga se sangue em prédio no Rio é de vítima ou suposto bandido

Paredes de edifício tinham marcas vermelhas em vários andares.
Alemão Markus Miller segue internado em estado grave no Pedro II.
Área da escada ficou com marcas de sangue (Foto: Renata Gonçalves / Arquivo pessoal)Área da escada ficou com marcas de sangue (Foto: Renata Gonçalves / Arquivo pessoal)
APolícia Civil do Rio investiga se as marcas de sangue encontradas nas paredes das escadas do prédio Canoas, em São Conrado, Zona Sul do Rio, após uma explosão no domingo (7), são do alemão Markus Miller ou de algum bandido que tenha invadido o apartamento dele. O local explodiu após um suposto vazamento de gás, mas os investigadores não descartam qualquer hipótese: acidente, assalto ou tentativa de suicídio. As informações são do RJTV deste sábado (23). Segundo informações do telejornal, as marcas poderiam ser de socorristas que se sujaram ou de um suposto invasor.
Foto do jornal 'O Globo' mostra alemão internado em hospital no Rio (Foto: Vera Araújo/O Globo)Foto do jornal 'O Globo' mostra alemão internado
em hospital no Rio (Foto: Vera Araújo/O Globo)
O alemão segue internado em estado grave, mas estável no Hospital Pedro II, de acordo com informações da Secretaria Municipal de Saúde. Em uma imagem obtida com exclusividade pelo "O Globo", o estrangeiro aparece enfaixado e respirando com a ajuda de aparelhos.
Na sexta-feira (22), o RJTV mostrou cenas das câmeras de segurança do edifício Canoas, em São Conrado, na Zona Sul do Rio. Das 24 instaladas no prédio, pelo menos três mostram o momento em que o alemão Markus Muller chegou sozinho ao edifício, no domingo (17), noite antes da explosão.
O primeiro vídeo é da câmera na entrada da garagem. O alemão chegou em casa em um carro importado preto. Como os vidros são filmados, não dá para perceber se há mais alguém dentro do veículo. O vídeo tem 50 segundos até o fechamento completo do portão.
O alemão Markus Müller (Foto: Reprodução / Globo)O alemão Markus Muller (Foto: Reprodução / Globo)
O segundo vídeo é da câmera de dentro da garagem, registrado às 19h. O alemão estaciona o carro na vaga e demora 20 segundos até descer. Ele parece verificar se o carro está fechado. Markus Muller vestia calça comprida e camisa azuis, e carrega em uma das mãos o que parecia ser peças de roupa.
O terceiro vídeo mostra a imagem do elevador. A gravação é de 19h21. Markus Muller entra no elevador e toca o décimo andar. Ele mexe nas chaves, parece procurar a da porta de casa. Arruma o cabelo e se olha no espelho. Na imagem é possível ver que nas mãos ele carrega, além das roupas, uma sacola plástica. Novamente ele separa a chave, passa a mão no cabelo e, 45 segundo depois, o elevador chega ao décimo andar, onde Markus desce. O síndico entregou essas imagens à polícia na tarde desta sexta-feira.
“Absolutamente sereno, absolutamente controlado, sem nenhum problema. E a imagem é melhor que palavras. Isso está sendo a mão da polícia agora, para que ajude nesse quebra-cabeça. Fechar isso”, disse o síndico, Jorge Alexandre de Oliveira.
Polícia quer entender a rotina do alemão
Os investigadores já pediram imagens dos dias anteriores para entender a rotina do alemão.
As últimas imagens de Markus antes da explosão foram registradas no elevador já que nos corredores de entrada dos apartamentos não há câmeras. A polícia investiga se ele tem seguro de vida e se alguém movimentou a conta bancaria dele nos últimos dias.
No apartamento foram apreendidas facas, um laptop e dois celulares. Até agora, cinco pessoas prestaram depoimento. A dona do apartamento onde Markus morava disse em depoimento que ele pagava o aluguel em dia, as vezes, antecipadamente.
A polícia já sabe que o alemão Markus Muller era um olheiro, um empresário de futebol que buscava talentos no Brasil. Uma mulher, que pediu para não ser identificada, contou na delegacia que Marcus era empresário do filho dela, de 14 anos, e de vários outros meninos.
Ela disse que eles se conheceram há quase três anos, na escolinha de futebol da Rocinha. O filho tem um contrato assinado com o Alemão. “Ele recebe agora um custo de R$ 300”, disse ela.
Alemão teria se queixado de cheiro de gás
A mãe disse também que o filho frequentava o apartamento de Markus e que o alemão chegou a se queixar do cheiro de gás. “Ele falava do fedor de gás, dizia que o cheiro vinha da cozinha”, afirmou.

0 comentários:

Postar um comentário