sábado, 23 de maio de 2015

Rede em nome de petista histórica foi usada contra Aécio

BRASÍLIA — A conexão de internet em nome da filósofa e professora Marilena Chauí, que tem relações históricas com o PT, foi utilizada para acessar o perfil “Aécio Boladasso”,
em outubro de 2013, um ano antes da eleição presidencial.

A informação foi dada à Justiça após o PSDB ajuizar uma ação com o intuito de identificar autores de supostas injurias feitas contra o senador nas redes. Foram localizadas conexões de outras 17 pessoas, que fizeram 211 acessos ao perfil entre 24 de outubro e 20 de novembro daquele ano. O perfil no Facebook era acessado por diversas pessoas que dividiam a mesma senha. A conexão de internet vinculada a Chauí, registrada no endereço de sua residência, foi responsável por sete desses acessos nos dias 28 e 29 de outubro. Não se sabe, porém, se, ao logar no perfil, a pessoa adicionou algum comentário.

Procurada, a professora reagiu com veemência e indignação. Chauí informou, por intermédio da assessoria de imprensa da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP — onde é professora —, que nem ela nem ninguém em sua casa usou a internet para “uma coisa absurda como essa”. E complementou: “Aliás, eu só sei usar a internet como correio, portanto, uso exclusivamente para enviar e receber mensagens de gente que conheço. Todo o resto fica num spam, que eu nunca abro”. A ação para identificar essas pessoas foi ajuizada em 2013.

Os nomes surgiram após ordem judicial para identificação dos IPs (registros eletrônicos em números) no Facebook. A partir desses IPs, outra ordem da Justiça exigiu que os provedores de internet informassem os titulares dessas contas. O PSDB ainda não decidiu se abrirá qualquer processo contra os supostos envolvidos. Por enquanto, houve apenas a identificação das pessoas. Os internautas que acessaram os perfis do tucano estão em vários estados, como Rio, São Paulo e Minas Gerais, revelou a identificação judicial. A advogada que representa o PSDB, Juliana Abrusio, afirmou que todos esses canais foram utilizados para injuriar o senador Aécio Neves, derrotado na eleição presidencial por Dilma Rousseff (PT). — Foi uma articulação de grupos com a finalidade de criar conteúdo ofensivo contra um candidato eleitoral — disse Juliana. A campanha de 2014 para a Presidência da República foi uma das mais disputadas e acirradas. As redes sociais foram usadas pelos dois lados, por petistas e tucanos. Leia mais sobre esse assunto em

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