sábado, 23 de maio de 2015

Qual deve ser a atuação de um Conselho de Administração

Com certeza esse tema exigiria um espaço para dissertar que não temos aqui. Como sempre quero passar minha opinião, que não tem a pretensão de ser a posição correta sobre o tema, mas apenas minha leitura sobre esse e outros tópicos de gestão.
No início das empresas de capital aberto, os conselhos eram entidades estratégicas, que faziam reuniões semestrais e até anuais, para elaborar planos estratégicos a serem executados pelos gestores das empresas, deixando o acompanhamento para alguns meses a frente.
Após alguns anos, percebeu-se que acompanhar o plano estratégico apenas uma ou duas vezes ao ano, poderia ser fatal para recuperar algo que estivesse no caminho errado, ou mesmo, poderia ser tardio para fazer correções necessárias, devido as mudanças de mercado, sempre muito rápidas.
Inicia-se então, a época das reuniões trimestrais, ou até mesmo mensais, para verificar a aderência ou não, do plano estratégico versus as ações realizadas.
Hoje em dia, entramos na fase de maior aproximação ainda do conselho, junto aos executivos da empresa. Essa proximidade pode ser vital, pois os conselheiros, que possuem larga experiência de gestão, podem e devem ajudar os executivos. Naturalmente certos cuidados devem ser tomados, para que não haja interferência, retirando dessa forma a autonomia do gestor da empresa. Isso não é simples, pois os conselheiros, já foram ou ainda são executivos de outras empresas, e dessa forma, possuem o DNA de executores,  e se não tomarem cuidado podem tomar o lugar dos executivos, inibi-los ou a té tolher suas ações.
Uma boa maneira de cooperar com a gestão é feita através dos comitês (formados por conselheiros), que podem auxiliar os executivos em dado tema/assunto ou setor, sem que haja interferência, mas mantendo a proximidade necessária que a delicadeza que um dado tema merece.
É assim nos conselhos em que participo.

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